sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Quero apagar-me de mim

E do mundo,

Mas as linhas da minha vida

São tão negras que não se deixam apagar.

Passo a borracha, como uma louca,

E não consigo apagar nada.

Tento desprender-me deste eu

Que me consome, que me corrói,

Por inteiro, por dentro…

Não sou mais do que uma peça

De um puzzle que não sei completar.

Se um dia encontro-me serena,

No outro, volta o ser revoltado

Que existe em mim.

Não tenho forças;

Sinto-me cansada;

O coração dói, as lágrimas caem…

Sinto-me perdida, confusa,

Vazia…

E é sempre o vazio,

O nada que me invade;

O nada que me mata a cada dia.

 

Poema de outros tempos.

4 comentários:

  1. Olhar vazio
    Espaço por preencher
    Sangue a ferver
    Que hei-de fazer?

    Silêncio de um manifesto
    Susto de uma inocente
    Fases e mais fases
    Sinto-me a desvanecer

    Cada dia, um maior vazio
    Cada lágrima, ainda uma esperança
    Espero e estou aqui
    Fico e não, "não fugi!"

    André Castro

    P.S. Mais uma vez estou derretido com as tuas escritas inspiradoras, bjs

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  2. porquê olhar para o passado ? está lindo *

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  3. Deixa a vida completar o puzzle...acredito que tudo tem uma lógica e harmonia, ainda que subtil.
    Deixa o vento te levar :)

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  4. gostei muito do poema
    luz beijos

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