Quero apagar-me de mim
E do mundo,
Mas as linhas da minha vida
São tão negras que não se deixam apagar.
Passo a borracha, como uma louca,
E não consigo apagar nada.
Tento desprender-me deste eu
Que me consome, que me corrói,
Por inteiro, por dentro…
Não sou mais do que uma peça
De um puzzle que não sei completar.
Se um dia encontro-me serena,
No outro, volta o ser revoltado
Que existe em mim.
Não tenho forças;
Sinto-me cansada;
O coração dói, as lágrimas caem…
Sinto-me perdida, confusa,
Vazia…
E é sempre o vazio,
O nada que me invade;
O nada que me mata a cada dia.
Poema de outros tempos.
Olhar vazio
ResponderEliminarEspaço por preencher
Sangue a ferver
Que hei-de fazer?
Silêncio de um manifesto
Susto de uma inocente
Fases e mais fases
Sinto-me a desvanecer
Cada dia, um maior vazio
Cada lágrima, ainda uma esperança
Espero e estou aqui
Fico e não, "não fugi!"
André Castro
P.S. Mais uma vez estou derretido com as tuas escritas inspiradoras, bjs
porquê olhar para o passado ? está lindo *
ResponderEliminarDeixa a vida completar o puzzle...acredito que tudo tem uma lógica e harmonia, ainda que subtil.
ResponderEliminarDeixa o vento te levar :)
gostei muito do poema
ResponderEliminarluz beijos