sexta-feira, 12 de junho de 2015

Pensamentos soltos sobre ti

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Não raras vezes penso em ti. Tu sabes.  
Dou comigo a pensar que poderias ser muito mais do que aquele amigo que conto levar para a vida inteira. Até ao fim dos meus dias. Acho que seríamos uma boa dupla de companheiros, amigos, amantes, namorados. Iríamos rir muito mas também chatearmos muito. Sim, porque temos mais semelhanças que diferenças. E das semelhanças surgem mais discussões. Discussões que acabariam sempre da mesma forma, como os eternos amantes que seríamos, que poderíamos ser. 
Mas depois de pensar nisso, lembro que afinal tens namorada. Esqueço muitas vezes disso, sabes porquê? Porque ela não te dá brilho ao olhar. Apagas que nem uma vela quando passa uma leve brisa no ar. Não te sinto completo, nem tão pouco te sinto feliz. E não imaginas a tristeza que isso me dá. 
Sabes, ainda que pense em nós como um só. Ficaria na mesma feliz, se soubesse que tens alguém ao teu lado que te completa, alguém que te deixe ser quem tu realmente és. 
Não consigo imaginar-me estar com alguém, com quem não poderia ser eu própria. É um acto cobarde, e tão solitário. Fingir o que não somos e escondermo-nos de nós próprios. E tu, meu amigo, estás embrenhado nesse fingimento. E como lamento isso. 
Não acho que nós sejamos outra coisa nesta vida, senão isto, amigos para a toda a vida. Poderíamos ter tomado decisões diferentes e quem sabe, neste momento, eu estivesse a te dar o brilho que não tens no olhar.  
Mas foi assim, porque nem sempre percebemos o que sentimos, e porque muitas vezes fugimos de quem realmente tem a ver connosco. 
Não sei o efeito que estas palavras podem ter em ti, nem sei se as perceberás como eu quero que tu percebas. 
Mas jamais deixarei de escrever sobre o que me move, sobre as emoções que algo ou alguém provocam em mim. E teres alguém ou não, é-me completamente indiferente. Os poetas são assim, são egoístas, escrevem sobre o que lhes apetecer e que ninguém venha dizer que estão errados.  
É a paixão que me move, e será para sempre assim.

© Alexandra Carvalho