sábado, 29 de maio de 2010

O Adeus

Cada vez bate mais depressa,
Pensar em ti, em mim, em nós,
Faz disparar o meu coração.
Apesar de tudo,
Continuas a ser o meu último amor,
O último homem a quem me entreguei;
A quem dediquei horas, minutos dos meus dias.
Não quero, não me faz bem,
Ter-te presente, esta raiva que me consome!
Longas semanas passaram
Em que tu parecias não existir,
Como se o mundo tivesse riscado o teu nome
E a tua existência.
O meu mundo decidiu,
De livre vontade me proteger de ti
E de todos os sentimentos que despertaste,
Naquele passado que ainda me acompanha.
Estou cansada, cheguei ao meu limite.
Tu assumiste o erro,
Admitiste a tua culpa pela minha dor,
E aquela raiva terá de se apagar,
Ficar para trás como o passado.
Serei louca em deixar que o amor
Tenha acabado e permita
Que a raiva permaneça!
Resignei-me perante a realidade,
A perda, as tuas desculpas…
Acima de tudo quero viver
Em paz, em harmonia com o meu coração
E com a minha mente.
Digo-te agora o adeus,
Que há muito tempo atrás deveria ter-te dito.
Fingi demasiadas vezes esta despedida,
Mas nenhuma delas foi real.
Este é o momento em que me separo
De nós para sempre;
Esta é a hora em que o adeus é real.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Encontro de olhares que já não se complementam

Finalmente o meu olhar encontrou o teu,
que medo eu tinha deste encontro.
Não nos olhamos directamente, mas aquele olhar esguio bastou...
Senti-me estranha, apeteceu-me fugir dali,
a tua presença estava a surtir um efeito qualquer,
não sabia se continuava como estava até ali,
a sorrir com os meus amigos, a aproveitar o momento.
Olhei em volta e percebi que já nada era igual.
Já não te amo, e isso tenho a certeza,
mas voltar a olhar para a tua cara é algo que não desejo, 
não sinto falta, não quero.
Olhar para ti significa relembrar;
Relembrar o passado que tive contigo,
e este passado é tão triste, tão doloroso, tão efémero...
Como foste ingrato comigo!
A ti, nem um sorriso darei,
até ao fim dos meus dias.
E isso, tu sabes tão bem quanto eu.
Desencontramo-nos no amor
e desencontramo-nos para o resto das nossas vidas.


Alexandra Carvalho
27-05-2010
Ponta Delgada

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Mais um aninho...agradecimentos

Fiz anos dia 19 de Maio, foi um dia normal, semelhante à rotina que tenho todos os dias. Continuo na terrinha, desempregada, cansada de algumas coisas, de algumas atitudes, de comportamentos que por vezes me fazem questionar tudo.
No entanto, apesar da rotina chata dos meus dias, ao fim da tarde, a minha mãe chegou do trabalho com um ramo de gerberas, e achei aquele gesto fantástico, não estava de todo à espera.
Tinha me convencido que este seria um dia comum.
As mensagens de aniversário não pararam o dia todo, dos amigos mais próximos, de alguns conhecidos e familiares, mas estavam todos longe, e senti-me só durante grande parte do dia.
Fazia-me falta a loucura da minha irmã, que também não estava, a presença dos meus amigos de sempre, e não vou mencionar nomes porque eles sabem bem quem são.
E isto tudo para dizer, que o meu dia de aniversário só fez sentido quando a minha mãe chegou a casa com aquele ramo de gerberas, dei-me de conta como nem sempre demonstro o quanto gosto dela e o quanto é importante tê-la na minha vida.
Mais um ano em cima das costas, e tudo o que me passa pela cabeça, é a falta de emprego e a falta de amor, quando é que essas duas coisas vão surgir na minha vida?!
Continuo à espera, continuo a lutar por isso...

© Alexandra Carvalho