terça-feira, 7 de outubro de 2014

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E de repente, é uma solidão desmedida.
As paredes do quarto isolam-me ainda mais.
É possível que sinta mais a tua falta agora,
Do que em todas as outras vezes.
O até já, afigura-se longo,
E até o teu silêncio faz-me falta.
As gargalhadas nocturnas,
As conversas em forma de interrupção.
As indirectas que atingiam que nem flechas
Num coração perdido,
Numa alma desencontrada.
É provável que me estivesse a habituar
À tua presença constante
E a incerteza da tua ausência
Passageira ou derradeira, desconcerta-me.
Falo pouco e sinto tanto.
Neste momento, apenas consigo dizer,
Fazes-me falta.


© Alexandra Carvalho