quinta-feira, 29 de abril de 2010

Falta de inspiração

Por mais incrível que pareça, as desilusões e as mágoas amorosas são a melhor fonte de inspiração, principalmente para quem escreve.
Queixo-me porque o amor não me sorri, queixo-me porque ainda não encontrei a pessoa certa e agora queixo-me da ausência de dor, da ausência de lágrimas e desilusão, porque é isso que me empurra para perto do papel e da caneta e faz-me escrever.
Queixo-me agora da falta de inspiração.
Parece que tudo à minha volta ficou desinteressante, ouço conversas banais, as quais nem me apetece participar. E nas redes sociais, se há coisas boas também há más. Gente fútil, com conversas igualmente fúteis, com complexos de grandeza e/ou inferioridade.
Não páro de me questionar, como é que é possível o ser humano se chatear com coisas tão pequenas e insignificantes e esquecer os reais problemas. Que sociedade é esta que valoriza a banalidade e subestima a realidade triste, que está bem ali, à nossa beira. Se somos felizes, há quem não seja, Se vivemos com as melhores condições sociais, económicas, há muita gente que não.
Isso sim é importante!

© Alexandra Carvalho

domingo, 25 de abril de 2010

Selinho Dardos


Oferecido pela Joana Carvalho (http://laydxinha.blogspot.com/)

As regras são as seguintes :


- Exibir a imagem do selo no seu blog.

- Exibir o link do blog que você recebeu a indicação.

- Escolher 10,15,30 blogs para dar indicação.

- E avisá-los.

Blog's:

todos os que costumam frequentar o meu blog :)

sábado, 24 de abril de 2010

Muito mais do que isto

Às vezes faz mais confusão;
Às vezes sinto-me mais só,
Numa solidão centrada em mim mesma.
Não existem palavras certas,
Palavras suficientes para extravasar
Todos estes sentimentos que me avassalam,
Que me encostam contra a parede.
Oscilações de pensamentos,
De sentimentos contraditórios,
De quem não aceita a injustiça;
De quem não aceita viver apenas por viver…
Tenho cá dentro um grito de revolta,
Um grito que não consigo soltar,
Falta-me coragem,
Falta-me esquecer do medo,
Falta-me olhar para mim,
Olhar para o que eu quero,
O que eu preciso, o que me satisfaz…
E o amor?
Onde é que ficou? Onde se perdeu?
Alguma vez o vivi?
Não bastam sorrisos,
Nem olhares de encantamento;
Não bastam palavras simpáticas,
Nem gestos apetecíveis.
Falta-me o verdadeiro amor…

domingo, 18 de abril de 2010

Escolho a amizade

É tudo passageiro,
os desejos, as emoções e até mesmo a felicidade.
É como se tivéssemos alarmes programados,
na hora acerta começa e na hora certa acaba.
Pensei em ti hoje, e tudo parece mais simples,
se deixei de te desejar? Não, mas acalmei o impulso.
Não faz sentido ir à procura de um sentimento inexistente,
quando já temos o nosso, aquela amizade sem limites, sem tabus,
que nos faz bem...
Fiz a escolha certa, por agora...
Não sei o que farei amanhã,
se por alguma razão incontrolável,
não conseguir manter-me e arriscar...
E se te perco? Talvez não, és superior a isso tudo, eu sei...
Contornas as coisas de tal forma, onde ninguém perde, mas nem sempre ganha...
Escolho a amizade, escolho as conversas longas e interessantes,
escolho ter-te no papel que queres ter no elenco que eu escolhi para a minha vida.

Quem sabe um dia...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Mudança de Papéis

Não sei bem porquê,
Mas do nada começaste a frequentar os meus pensamentos,
Alguns desejos...e a confusão instalou-se...
Conheço-te tanto e há tanto tempo,
Que é impossível perceber esta vontade
Que me consome, de querer estar contigo,
De querer sentir o teu toque, a tua pele...
Dou voltas e voltas aos meus pensamentos,
Para entender o que estou a sentir…
E se por vezes entendo, outras vezes prefiro pensar que não.
Não quero aceitar que tenhas mudado de papel,
De personagem na minha vida…
Não é disso que eu preciso,
Não é de mais uma confusão sentimental que eu preciso
Para poder sorrir…
Isto vai passar, tenho de acreditar nisso,
Que amanhã voltarás a ser quem eras,
Voltarás ao antigo estatuto.
Da mesma forma que te tornaste num homem que eu desejo,
Também te tornarás no amigo do passado.

Alexandra Carvalho
14-04-2010
Ponta Delgada

Selinho

Selinho oferecido pela sister Joana (http://laydxinha.blogspot.com/)

As Regras:


1 - Enumerar 3 sonhos;

- Encontrar o verdadeiro amor

- Encontrar o meu espaço no mundo profissional

- Manter sempre os meus verdadeiros amigos


2 - Enumerar 3 pecados/tentações;

- Gulosa, de vez em quando vou aos chocolates da minha irmã :)

- Escrever poesia

- Olhar o mar


3 - Comentar no blog criador do selo;

4 - Nomear 6 blogues que consideres espectaculares.
 - http://ritafreitas11.blogspot.com/
- http://laydxinha.blogspot.com/
- http://pudescritora.blogspot.com/
- http://gorroasriscas.blogspot.com/
...
não chega aos 6, mas estes 4 são muito bons, valem por 6.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Entre vários caminhos



Se o caminho certo é o mais fácil,
então porque tudo por vezes é tão difícil,
esse caminho fácil que parece se encontrar escondido...
Vejo um caminho estreito, uma rua coberta de arbustos
que mal se vê o chão...
É como se tivesse medo de arriscar e ao mesmo tempo
algo me puxasse para lá, uma força qualquer que me chama
e diz que é por ali que tenho de ir.
O medo é o que nos bloqueia, é o que nos proíbe de ver o que está ali mesmo,
o rumo que nos pode trazer a paz e a felicidade.
Olho pela janela do meu quarto e nem sempre gosto do que vejo,
mas hoje foi diferente, olhei e vi ar puro, vi a beleza que está por detrás das coisas mais simples da vida.
Uma flor que acabou de nascer, o verde das ervas espalhadas pelo quintal,
e isso tudo é vida, isso tudo mostra que estou aqui, que vivo, que consigo ver,
e que em algum momento, o meu sorriso não será fechado, em algum momento, vou conseguir
percorrer o rumo certo.


Alexandra Carvalho
08-04-2010
Ponta Delgada

domingo, 4 de abril de 2010

Preciso ver


Ontem queria mudar e hoje sinto que preciso mais do que isso,
preciso ver mais do que vejo agora,
como se precisasse me encontrar,
porque nalgum momento fiquei parada, estagnei num ponto qualquer
da minha vida.
As palavras ora fazem sentido, ora não;
acordar ora é maravilhoso, ora não.
Sei que a vida é muito mais do que isto,
sei que ainda não atingi as metas nem os desejos que me invadem a cabeça.
Será que estou demasiado passiva?
Será que não estou a ver o caminho à minha frente?
O que é que afinal quero fazer?
O que é que afinal me satisfaz?
Vivo cada dia à procura,
porque a minha voz interior está silenciosa,
ou fala tão baixinho que não a consigo ouvir.
Talvez precise ouvir o silêncio,
talvez precise ver o nada,
talvez as respostas estejam à espera que eu as encontre.


Alexandra Carvalho
04-04-2010
Ponta Delgada

sábado, 3 de abril de 2010

Mudança

Tenho o coração apertado,
acordei assim hoje.
As palavras saem da minha boca
mas é como se não as dissesse, não fosse eu.
Olho para o nada, estou a ver e não estou.
É uma ansiedade que não consigo explicar,
não estou triste, não me sinto a deslizar para o vazio,
mas há uma vontade desmedida de mudar...
Como se eu precisasse de qualquer coisa ou de alguém.