Ando para aqui rodeada de
questões, maioritariamente, profissionais.
Porquê Serviço Social?
Talvez consiga encontrar uma
vastidão de argumentos para justificar a minha escolha, mas ainda assim, tudo
permaneceria igual.
Se estou cansada? Sim, de facto,
estou.
Cansada da procura, da falta de
respostas, cansada de não estar a trabalhar. Tudo se resume a isso. A Falta de
Trabalho.
Mas sim, questiono-me na mesma! Porquê
Serviço Social? Talvez, pudesse ter percorrido outro caminho, outro curso
superior que talvez já me tivesse aberto as portas. Mas tudo isto não passa de
um simples talvez.
Não escolhi esta área
profissional por mero acaso, para preencher todos os espacinhos do ingresso ao
ensino superior, mas, muitos o terão feito.
Não foi de todo o meu caso.
Ambicionava um trajecto na área social, muito antes do final do secundário.
Jamais pensei neste curso por
puro assistencialismo, filantropia.
Pensei, primariamente, que o meu
sentido aguçado de justiça, era necessário num país, que muitas vezes está
privado dele.
Ingenuamente, acreditei que
pudesse fazer alguma diferença, encontrar respostas para aqueles que apenas
conseguem fazer perguntas. Dar visibilidade àqueles que, na maior partes das
vezes, estão atrás de todas as luzes.
Lutar contra o que não está
certo.
Todavia, depois de tanto tempo,
em que nem portas nem janelas se abrem, surge a frustração, mas não só, surge
também a descrença, e esse sentimento, acaba por ser fulcral na minha visão do
país, onde nasci, onde estudei, onde vivenciei todas as minhas aprendizagens e
onde pretendia viver para sempre.
A resposta, é por causa da crise,
deixou há muito de fazer sentido. Cedo me apercebi, que muitos postos de
trabalho são ocupados por vias duvidosas, favores, compadrios, partidos
políticos.
E o resultado disto, é a falta de
profissionalismo que por aqui anda, mas o país permitiu que assim fosse.
Quem sou eu para dizer que isso
está errado?
As oportunidades têm de ser dadas a todos por igual, não podem existir favorecimentos.
As oportunidades têm de ser dadas a todos por igual, não podem existir favorecimentos.
Isso, efectivamente, não é
Democracia e muito menos é, Justiça.
© Alexandra Carvalho
Que é isto?!
ResponderEliminarTás pior do que eu pá :p
Tens de ter calma.
Para o próximo mês estarei na nossa terra.
Entrarei desta vez em contacto ;)
Beijos e força
A. Castro
É o país que temos com as pessoas que somos.
ResponderEliminarNinguém arranja trabalho. As excepções confirmam a regra.
Aconselho-te a que faças alguma formação ou curso pós graduação de modo, a fazer a diferença... procura que vais encontrar.
Alexandra, querida amiga, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Pois é, qual democracia?
ResponderEliminarCrise ou não continua a ser a terra das "cunhas", mas, quem sabe se o caminho não é outro?
Beijinhos