sábado, 7 de julho de 2012

Disfarce


Disfarcei-me de um ser
Que há muito desejava conhecer
Transformei-me naquela criatura normal,
Idêntica a tantas outras…
Mas quem era aquela? Não era eu…
Apagada, simples, banal…
Não era eu…
E jamais quero voltar a sê-lo…
Refugiei-me erradamente
Numa tranquilidade que me era favorável,
E no fim, estava corrompida, insatisfeita, irreal…
Não voltarei a disfarçar-me…

© Alexandra Carvalho

2 comentários:

  1. A verdade é que andamos todos mais ou menos disfarçados e "refugiamos erradamente"

    Interessante!

    Beijinhos

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  2. Temos que ser honestos conosco próprios...
    Gostei imenso do teu poema, é magnífico.
    Alexandra, querida amiga, tem um bom fim de semana.
    Beijo.

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