Quisera eu a indiferença
Da tua presença,
Aquele aproximar que
nada diz.
Temo que ainda diga.
Muito mais do que
permiti conscientemente.
Mas de onde tirei a
ideia
Que é possível permitir
Seja lá o que for,
No campo dos sentimentos?!
A cada acaso ou
partida do Universo,
Que me faz confrontar
Com o teu rosto, com o
teu sorriso,
Com o teu olhar,
Compreendo um pouco
mais
A minha história e as
emoções
Que tenho de aprender
a moderar.
Há um passado que me
persegue,
Silencioso, quase
esqueço que o tenho.
Mas tenho!
É esse passado que tu relembras.
E é esse passado que
tenho de olhar de frente,
Sem medo algum.
Lá atrás era eu,
Agora também.
Eu sou o passado,
E sou este presente.
Os dois eus formam
Um eu que se completa
a cada confronto interno.
Não serás indiferente,
jamais,
Percebo agora
Que quando alguém quebra
A barreira da indiferença,
Ela nunca mais volta a
existir.
Duas almas encontram-se
Sempre por alguma
razão.
Duas almas, em que a
história
Pode permitir ser partilhada,
ou não.
Nunca um encontro de
almas
Será em vão.
Incomodas-me agora
Um pouco menos do que
ontem,
Amanhã incomodarás
menos ainda
E quando os dias se
tornarem leves,
Perceberei que a tua
alma foi embora,
E a minha, deixou-a
ir.
© Alexandra
Carvalho
Olá, Alexandra!
ResponderEliminarComo tem passado? Por aqui, tudo bem.
Li os seus posts, desde a mais recente vez que deixei comentário e estou a par de tudo, agora - risos.
Este poema é uma dualidade romântica, com certezas e incertezas. Quem parte, é pke não tinha de ficar e de pertencer à nossa vida.
O texto da avó Piedade está uma delícia, já pra não falar do arroz do dia anterior com o ovo frito. Boas lembranças.
Beijos e boa semana.