Quando olho lá para trás, para os meus escritos íntimos, mais ou menos poéticos. Fico em dúvida, de que esta Alexandra seja a mesma que escreveu todas aquelas palavras carregadas de drama e pouca luz.
As minhas duas décadas de vida foram controversas, e nesta alma que aparentou sempre uma calma e passividade externas, existiu sempre um espírito insatisfeito.
Deste espírito controverso, surgiram poemas interessantes, imersos numa obscuridade que nem toda a gente conseguia perceber.
As palavras nunca são apenas palavras. São emoções.
Na minha terceira década de vida, comecei a encontrar-me. A compreender o efeito que as experiências, todas, têm na nossa vida. A compreender, a aceitar, a aprender e a deixá-las para trás.
E como resultado, renasceu a Alexandra. Que não só aparenta calma e serenidade. Mas que efectivamente, é calma e serenidade.
Talvez, não volto a escrever aqueles poemas que de tão dolorosos, eram sublimes e intensos.
Mas esta é uma escolha.
Escolhi a serenidade, escolhi o amor.
Mas o caminho não termina apenas por uma decisão, ou uma escolha.
E pelos dias fora, serei sempre confrontada com a dualidade da vida.
O caminho, é isso mesmo. Caminho...
Não se encerra... A evolução não morre nunca.
© Alexandra Carvalho
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