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Quando o meu olhar desvia para o
passado, a tua presença assume-se uma constante. Uma existência que me desarma,
que me atordoa.
Mas a tua presença não me é
benéfica, não me favorece, pelo contrário, consome-me a energia que tantas
vezes, por si só, já é oscilante.
Tenho dificuldade em desapegar-me
de ti, por tudo aquilo que partilhamos juntos, e que eventualmente, poderíamos
voltar a partilhar.
Todavia, pela primeira vez, a
minha consciência tomou o seu lugar de direito e alertou-me, tu não és aquilo
que eu quero para esta vida.
Quando olho lá para trás, para
além da intensidade dos momentos que vivenciamos, há uma panóplia de tristeza,
dor, dúvida e solidão.
Não há intensidade que valha uma
vida carregada de incertezas.
Não vou dizer que amanhã passarás
a ser uma figura do passado, mas posso sim dizer, que hoje entendi que preciso
deixar-te, e que amanhã continuarei o processo de desapego.
Tenho saudades tuas e amanhã, as
saudades serão as mesmas, até que acabarão, silenciosamente.
E só aí, estarei livre.
© Alexandra Carvalho
Minha cara amiga,se for para esquecer, vai esquecer, mas senão, continuará à espera que tudo dê certo.
ResponderEliminarGostei muito das suas palavras.