quinta-feira, 3 de julho de 2014

Tu e ele

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Há decisões que teimamos em adiar,
Erradamente.
Escolhas que inconscientemente já foram feitas
Mas o medo não nos deixa assumir.
Há sentimentos que optamos por renegar,
Também erradamente.
Que certeza temos nós que aquele sentimento
Não será o certo?
Que por ali pode estar
O caminho que nos fará sorrir?
Resguardo e aconchego o sentimento menor,
E deixo ao vento, livre para ir embora,
O mais importante dos dois.
Penso separadamente em cada um.
Um inquieta-me e o outro faz-me sorrir.
Agradava-me poder juntá-los.
Que dois seres pudessem tornar-se
Apenas em um.
É uma blasfémia!
Nesta indecisão, é provável que me desligue dos dois.
Mas não para já,
Não para já, depois.


© Alexandra Carvalho

6 comentários:

  1. A dualidade também no amor, isso não é para todos. Gostei muito.

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  2. As nossas incertezas que nos fazem adiar e as nossas certezas que nos fazem precipitar. E no final o que mais queríamos era juntar e ser felizes para sempre.
    Um bom poema.

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  3. Tão bela esta sincera dualidade.
    Gostei imenso.

    beijinhos

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