https://www.facebook.com/JCarvalhoPhotography?fref=ts |
Hoje deixei de
encontrar fundamento
Para a minha
existência.
E pela primeira vez
pensei em partir,
Deixar a minha alma
seguir viagem.
Desejei voltar para
casa.
Um acto egoísta
De quem não entende o
que está cá a fazer.
As vozes dos outros
parecem sussurros,
Quase não os ouço, esforço-me
para os ouvir.
Até a minha voz parece
estar gasta.
Sinto-me cansada.
A pergunta que não se
cala:
Mas afinal o que
queres fazer?
Não sei. Essa é a
resposta que tento não dar.
Um turbilhão de
incertezas
Consome-me a cada dia,
a cada noite que mal durmo.
E os dias começam
sempre da mesma forma.
Será que sós não
conseguimos nos encontrar?!
Há um sopro que
precisa libertar-se,
Não consegue. Estou a
amarrar-me a não sei o quê.
E o estigma parece
perseguir-me.
Não faço o que querem
que eu faça,
Não sou o que querem
que eu seja.
Nem tão pouco sou o
que eu queria ser.
Não sou nada, sendo
tudo.
Pudesse eu me entender
melhor.
© Alexandra Carvalho
16-07-2014
Sem comentários:
Enviar um comentário