terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Saudade

Passei por lá, como se ingenuamente, a minha cabeça me dissesse que talvez os meus olhos encontrariam os teus, castanhos, brilhantes, suaves, iluminando tudo ao meu redor.
Nada, ninguém, não estavas lá.
As pedras da calçada subitamente pareceram mais negras, a escuridão que havia me tomado. A minha alma que ansiava a tua, de repente, estava devastada.
Não quero sentir mais a tua falta, ainda assim, o meu coração relembra-me a saudade todos os dias, um bocadinho mais.
O mar já não te chama?! Deixaste de o procurar, e eu, deixei-me contagiar pelo teu despreendimento. Já não o olho como antes, pouco me diz.
Afinal, sem ti, pouca coisa me completa, pouca coisa me satisfaz.
Deixei a saudade preencher todos os espaços livres no meu coração, na minha palete de emoções e sentimentos.
E carrego-a firme.
Algum dia deixarei morrer a saudade e permitir-me-ei ficar apenas com a recordação dos teus olhos castanhos, brilhantes, suaves.

© Alexandra Carvalho

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