Agora não se fala de outra coisa, apenas da crise, das reviravoltas que aí vêm, e isso ora dá medo ora apetece, simplesmente, ignorar e esquecer. Já estamos a ver onde vamos fazer cortes nas despesas mensais, mas em quê, como? Será que o que nós consumimos é indispensável, ou andamos todos a consumir bens supérfluos? Pois, aí está, é que nem tudo o que nós consumimos é assim tão indispensável, pelo contrário. É aquele “apetite” de comprar, de ter, de experimentar… pronto, é isso, já sabemos que podemos viver sem comprar roupa todos os meses, e muito menos ir ao cinema todos os finais de semana ou até mesmo sair à noite, tudo isso é fantástico e enaltece o nosso ego, faz-nos esquecer as vidinhas rotineiras que vivemos, e nalguns casos, vidas mesmo medíocres, mas é a crise, e para todo o lado que nos viramos, está alguém a falar desse tema, é quase pecaminoso passar num loja e apetecer comprar algo que não estamos a precisar com urgência, porque o país está a apertar o cinto, porque nem sabemos se irão haver reformas daqui a uns anos, por outro lado, quem nos garante que chegamos a essa altura, não será melhor aproveitarmos o agora, e comprar o que nos apetecer? Talvez, mas atenção, convém não exagerar porque os apoios sociais, também estão no limite.
Ao fim ao cabo, estamos todos no limite, o país com as suas dívidas e nós, cidadãos comuns que não aguentamos mais ouvir e falar de crise.
© Alexandra Carvalho
© Alexandra Carvalho
Sem comentários:
Enviar um comentário