sábado, 24 de julho de 2010

Para ti

Apetece-me te dizer mais coisas do que aquelas que tenho dito,
no fundo tu sabes disso, fujo de mim e de ti, como se aí estivesse a salvação.
As tuas palavras levam-me para mundos e emoções que eu já nem conhecia,
tenho vivido longe deles por vontade, por medo, por insegurança.
E conheço-me tão bem para saber que vou continuar a fugir de ti,
se mereces ou não, não sei...
Gosto do que me dizes, gosto dessa tua frontalidade que me empurra para mim mesma,
que me mostra o meu verdadeiro eu.
Mas como te vou aceitar se não tens nada a ver com aquele homem que sempre desejei?!
Preconceito, descriminação, estigma talvez, não te consigo aceitar por mais que lutes por isso...
A tua meta é conquistar-me e a minha é deixar-te para trás,
impossibilitar-me a mim e a ti de termos um futuro diferente, uma união real.
A tua voz ora irrita-me profundamente, apetece-me gritar contigo,
ora faz-me falta e quero ouvi-la de novo...
É uma ambiguidade que não quero perceber, não quero sentir, não quero viver.
Consigo ver-te como um futuro amigo mas não me peças mais,
a minha mente fechada não consegue ver-te da forma que queres,
e assim vai ser, assim tudo vai acabar...

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