De repente, surgiu uma vontade louca de viver;
uma vontade desmedida de ser feliz.
Ontem o meu olhar encontrou o teu
e isso fez-me reviver aquele momento,
o momento da nossa despedida não desejada.
A raiva e a revolta decidiram me mostrar
que estavam ali, que continuavam ali a tentar me torturar ainda mais.
Mas deixei de as aceitar nos meus dias,
deixei de as querer...
Por vezes, dou comigo a olhar para mim,
a tentar me buscar do lugar sombrio onde me deixei ficar.
É recorrente, volto à terra e à realidade num momento,
e em outro estou novamente na cidade da escuridão e do nada.
Não deixei de te amar ainda,
mas estou a aprender a viver sem ti,
a acordar e não ter notícias tuas,
a me deitar sem o aconchego da tua voz ou das tuas mensagens.
E tudo na vida é assim,
as perdas não se esquecem, ninguém desaparece para sempre da nossa vida,
mas aprendemos a existir com a ausência.
Voltarei a amar,
como em todas as outras vezes,
mas não procuro um amor tão cedo.
Na meu despreendimento emocional,
desejo que seja o amor,
um amor real e verdadeiro,
que me encontre, onde eu estiver, na altura certa.
Alexandra Carvalho
03-02-2010
Ponta Delgada
Adorei este poema, está lindo. Tu transpiras paixão pelas tuas palavras.
ResponderEliminarEstou à espera de mais.
Beijinho