quinta-feira, 8 de dezembro de 2022


 

Este foi provavelmente o ano que menos me dediquei à escrita.

Andei embrenhada em outras áreas de interesse, dediquei-me a outros projectos de maior relevo, não que este também não seja de extrema importância.

Escrevi pouco, mas fiz grandes reflexões em silêncio.

Sempre senti que só me libertava das angústias ou das dores emocionais quando escrevia, quando explanava para o papel tudo o que me ia na alma.

Entretanto, fui percebendo, que há mais formas de lidar com a vida e que na verdade, escrever por vezes, trazia um drama maior do que de facto existia.

Mas, penso que qualquer pessoa que escreva, é um tanto ou quanto dramática.

Amplificamos tudo o que nos acontece.

É a nossa forma de experienciar as emoções.

E a vida sabe melhor assim.

No drama encontramos a nossa essência maior.

2022 não me trouxe muitas palavras escritas. Mas agora no término deste ano, dei por mim a repensar todas as minhas acções, todas as minhas vivências.

Um ano de altos e baixos. De crença e de descrença. De certeza e de incerteza.

Certo é, que a nossa vida é ambígua, nunca nada é tão garantido nem tão linear. Tal como nós.

Acabo 2022 como comecei. Pedindo força ao Universo para me manter numa trajectória do bem, que os tropeços da vida não me façam deixar de ser quem sou. A pessoa, que todos os dias, trabalha para ser melhor, um ser humano melhor.

Se tiver que chorar, que seja, desde que tenha o discernimento para perceber o porquê dessa emoção e que nenhuma aprendizagem seja em vão.

Que 2023 traga o que tiver de trazer, seja lá o que esta alma precisar de viver.

É altura de percebermos que tudo o que nos acontece, não é por mero acaso. Nós não viemos para este lindo planeta Terra apenas por vir. Viemos porque há missões que temos de cumprir, lições que precisamos aprender.

Mas acima de tudo, viemos para nos tornarmos melhores, connosco e com os outros.

Feliz 2023.

© Alexandra Carvalho

08-12-2022

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