Com o aproximar dos 34 anos,
senti uma necessidade crescente de voltar atrás. Repensar e reflectir as minhas
vivências. As deliberadas e as impostas pela vida e pelo tempo.
Ambas de extrema importância para
a minha evolução.
Tenho aprendido sempre, mas estes
últimos anos foram fundamentais, trouxeram uma avalanche de experiências,
emoções e pessoas que impulsionaram a minha vontade em crescer e em ser a
melhor versão de mim.
Compreendi que a dor é inevitável.
Ela irá surgir sempre, num campo da nossa vida ou noutro. É preciso aceitar a
dor, chorar caso o coração peça e aprender com isso. Aprender a não voltar ao
ponto inicial, ao ponto que nos trouxe aquela dor. Vivemo-la, aceitamo-la e
seguimos a jornada. Mais completos, mais inteiros.
Compreendi também, que não
estamos todos no mesmo caminho evolutivo e isso não quer dizer que uns sejam
melhores que os outros. Somos todos seres humanos a fazer a sua caminhada.
Percebi que isto do amor é
complicado (mas não é). A sociedade ensinou-nos a viver sob padrões, a esquecer
dos outros, a esquecer até de nós.
É o amor que nos move. Aceitem, é
o amor que nos move.
Se olharem para trás, para toda a
vossa vida, nas decisões, nas perguntas inadiáveis, nas dúvidas, nas respostas
e nas experiências encontrarão sempre o mesmo elemento. O Amor. Tudo na nossa
vida está conectado e marcado pelo mesmo sentimento, no excesso de amor ou na
falta dele.
Mas também se olharem para trás,
vão encontrar a mesma lacuna, a falta de amor incondicional. E é a falta desse
amor, que permite que habitemos num planeta (que teria e tem tudo para coabitarmos
todos juntos e em harmonia) onde não impera a paz.
O meu compromisso é comigo principalmente,
de em cada momento mais vulnerável, onde sinta que posso resvalar e baixar a
minha energia original, relembrar que estamos todos aqui pelo amor, o
incondicional.
© Alexandra Carvalho
Sem comentários:
Enviar um comentário