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Costumo dizer que sou uma pessoa
sorridente, mas estou longe de ser uma pessoa fácil.
Acho que trago em mim demasiada
insatisfação. Pouca gente me preenche, poucas coisas também.
No outro dia um amigo do meu pai
dizia-me assim, uma rapariga bonita e não se casa. Está mal.
Não me parece que esteja mal.
Se me perguntarem se sinto falta
disso, de um marido, de filhos? A resposta é rápida e clara, não.
Tenho dúvidas que exista alguém
que mate parte da minha insatisfação, tenho sérias dúvidas que alguém me
perceba, me veja como realmente sou.
Mas a culpa é minha. Não me dou.
O padrão não me diz nada, olho em
volta, para estes casais, estas famílias, e sinto que jamais me encaixaria
naquele perfil.
É uma decadência espiritual tão
grande, que me atordoa.
Eles não mostram quem são, e elas
subjugam-se ao que supostamente eles querem que elas sejam. Há maior decadência
humana e espiritual do que esta? Não creio. E não quero para mim.
Tenho 31 anos, não sei se ficarei
sozinha, se inusitadamente, aparecerá um homem que olhe para mim e veja tudo,
pela primeira vez, corpo e alma. E que mesmo vendo, queira ficar, não tenha
medo de ficar.
Até lá, a vida segue.
© Alexandra Carvalho
Não está escrito em lado nenhum que é obrigatório casar e ter filhos. Faz parte das normas sociais assim como muitas outras coisas. Como costumo dizer não há certo nem errado, existem sim, formas diferente de viver e a isso chama-se liberdade. Penso que o mais importante é ser verdadeiro consigo (primeiro) e depois com os outros. E sim, tem de haver quem compreenda e aceite :)
ResponderEliminarBeijinhos, gostei muito deste teu "desabafo"
O problema Alexandra é que as pessoas não sabem sequer o que é amar, e por isso, estas relações que se vê por aí.
ResponderEliminarNão queira isso para si. Porque pelos seus textos não será certamente um homem qualquer que irá fazê-la feliz. Espere pelo certo.