terça-feira, 7 de outubro de 2014

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E de repente, é uma solidão desmedida.
As paredes do quarto isolam-me ainda mais.
É possível que sinta mais a tua falta agora,
Do que em todas as outras vezes.
O até já, afigura-se longo,
E até o teu silêncio faz-me falta.
As gargalhadas nocturnas,
As conversas em forma de interrupção.
As indirectas que atingiam que nem flechas
Num coração perdido,
Numa alma desencontrada.
É provável que me estivesse a habituar
À tua presença constante
E a incerteza da tua ausência
Passageira ou derradeira, desconcerta-me.
Falo pouco e sinto tanto.
Neste momento, apenas consigo dizer,
Fazes-me falta.


© Alexandra Carvalho

3 comentários:

  1. Um poema onde me sinto agora.
    Parece que a solidão nos isola ou nos envolve num mar de recordações.

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  2. A solidão provocada pela ausência é sempre complicada.
    Mas haja esperança...
    Gostei do teu poema, é magnífico.
    Tem um bom domingo e uma boa semana, querida amiga Alexandra.
    Beijo.

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  3. Gostei muito desta "incerta" saudade e sim, quanto menos se fala mais se sente :)

    bjs

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