terça-feira, 21 de janeiro de 2014

e as memórias tendem a reaparecer.
Misturam-se todas, as do passado e as do presente.
E deixamos de raciocinar.
Tentamos juntá-las, catalogá-las e acima de tudo, entendê-las.
O passado nem sempre parece o certo.
Tal como somos no agora,
o passado parece um erro medonho.
Mas por isso mesmo, é que está lá atrás.
E se parece irreconhecível, estaremos no caminho certo.
As vivências ensinaram-nos tudo o que era suposto.
Ainda assim, a cada luz que se apaga,
a cada noite que nasce, nós continuamos os mesmos.
As memórias entrelaçam-se umas nas outras,
e talvez, não tenhamos aprendido tudo.
Será, porventura, esse o cerne da vida.
Relembrar, e todos os dias reconhecermo-nos.


© Alexandra Carvalho




2 comentários:

  1. A lembrança é necessária mas não é suficiente.
    Mas ajuda a mudar as coisas...
    Belo poema.
    Um beijo.

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  2. A cada luz que se apaga e a cada luz que se acende nós crescemos...e vivemos.

    Muito bonito.
    Beijinhos

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