quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

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O frio enregela-me os dedos e tento perder a vontade de escrever. Grande parte das vezes consigo o feito, aconchego-me novamente na cama e deixo a série continuar. Que de resto, é das poucas coisas que me entusiasma nestes tempos.
Tenho acorrentado as palavras, não todas, mas as minhas palavras, os meus tais devaneios.
Hoje deparei-me com algo que me fez ressurgir. A minha ausência foi notada, e isso, de certa forma fez-me despertar para o meu verdadeiro eu. Eu não sou aquela que se aconchega nos lençóis e permite-se não pensar em mais nada.
Nos meus silêncios, a mente fervilha e jamais deixei de extravasar o que senti, a revolta, a dor, a felicidade, as pequenas conquistas, as emoções, principalmente as emoções.
Do nada, senti vontade de me anestesiar, planar sobre os dias. Não sei onde andam as emoções, não as encontro, elas também não me encontram.
Mas as palavras saltitam na minha cabeça, não as escrevo, nem tão pouco as falo. Vão saltitando, e interiormente, dando respostas às minhas perguntas.
Por ora, apenas me apetece agradecer a quem, intencionalmente ou não, me fez voltar.
Obrigada.
 
© Alexandra Carvalho
 
 

1 comentário:

  1. Esperemos que esse estado "dormente" não dure muito tempo. O mundo precisa de ti, das tuas palavras, das tuas emoções. Ainda bem que estás de volta, espero que por algum tempo.

    Beijinhos

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