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De pouco vale dizer adeus quando não passa de uma simples
palavra. E todos sabemos, nem todas as palavras são verdadeiramente sentidas.
Gostava de entender este apego, esta necessidade de voltar a
olhar para ti. Eu disse-te adeus mas as minhas próprias palavras estão agora a
atraiçoar-me.
O que nos faz dizer algo quando sentimos o oposto? Porque somos
atraídos por quem sabemos tão bem que não nos merece?
A verdade, é que todos nós fazemos as mesmas questões, num
momento ou noutro.
Ainda que me conheça, há impulsos que não consigo controlar,
há desejos que sou incapaz de não ceder.
O que hoje é amanhã deixa de ser, sou de tal forma
inconstante que não consigo ficar em lado nenhum. O mundo não tem um paradeiro
certo para mim, eu não permito tal.
Nasci assim, esta sou eu, e há muito deixei de querer ser o
que os outros queriam que eu fosse.
Não serei um mau produto da sociedade, mas certamente serei
um exclusivo.
Sinto ter tantas emoções alojadas, tantas vidas acumuladas,
parece-me estar tudo baralhado aqui dentro.
Terei sido em todas as vidas um ser humano confuso?! Terás tu
feito parte de todas elas? Ah este apego que não me abandona.
Não te quero mais, querendo tão arduamente. E serás meu de
novo, nesta vida ou na próxima.
Continuo a repetir silenciosamente o adeus que te disse,
tenho esperança que assim ganhe força e passes a ser uma memória do passado,
uma lembrança da única constante no meio da minha tumultuada inconstância.
© Alexandra Carvalho
E estas inquietações fazem a beleza de ser humano que és.
ResponderEliminarBjinhos
Todos temos as nossas contradições.
ResponderEliminarMas, no amor, isso paga-se caro.
Publiquei um poema hoje que fala no dizer adeus... curiosa coincidência...
Alexandra, querida amigaa, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Alexandra, minha querida amiga, tem um bom fim de semana.
ResponderEliminarBeijo.
Todos somos exclusivos...
ResponderEliminarE sabes bem que as palavras podem ser mais perigosas que as armas.
João.
Todos somos exclusivos, apesar de muitos não o sentirem. Agrada-me que o sintas. E todos temos o nosso lugar, tambem neste mundo. Temos é de o encontrar, caminhando devagar, muitas vezes ás escuras e sem sentir o caminho... Apenas na Guerra a rapidez é de suma importância. Nas Guerras Antigas matavam-se os mensageiros de más palavras... Hoje nem isso podemos fazer...
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