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Lá estava o silêncio, a ausência.
Era aquele medo atroz do
confronto. De perguntarmos a nós próprios: porque dissemos todas aquelas
palavras? Porque sentimos vontade de estar um com o outro?
Tão previsível. Não sabíamos agir
depois de tudo. Deixávamos o tempo correr veloz e quando o esquecimento tomasse
conta, voltávamos à amizade.
Como se nada tivesse acontecido.
Há quantos anos fazemos isto? Já não
sei, perdi a noção do tempo.
Mas desta vez, a dúvida tem-me
perseguido de outra forma. É o tempo, que se esgota e já não há vontade de
deixar ficar assim.
A idade parece não gostar de
dúvidas, parece almejar o tempo todo por certezas, respostas concretas.
E se deixar o tempo seguir o seu
rumo, certamente continuará tudo na mesma, e em algum momento o espírito se
acalmará.
© Alexandra Carvalho
Não, Alexandra, o espírito só se acalmará se perder o viço, se adormecer. É o que acontecerá se tudo continuar na mesma.
ResponderEliminarBeijo :)
A idade parece não gostar de dúvidas mas por vezes precisa de mais dúvidas para viver.
ResponderEliminarE acredito que o espírito nunca se acalmará :)
Gostei muito de te ler.
Beijinhos
Nem é que o espírito se acalme, é que a indefinição por indefinido tampo, acaba por torcê-lo...
ResponderEliminarbjos