quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Uma incerteza que confunde

Não sei bem que vida espero ter, nem sei tão pouco se espero alguma coisa.  O ser humano geralmente cresce com ideais, sonhos, metas, objectivos que em algum momento vai atingir, sabe que vai atingir.
Não sonhei muito, mas também não tive sempre os pés bem assentes neste chão de vida tão complexo e nem sempre real.
Dizem que escolhemos viver, decidimos que viríamos novamente para este planeta cumprir algo, melhorar características, limar arestas que ficaram por limar, mas isto tudo é demasiado confuso quando não sabemos o porquê de termos voltado.
Tentamos nos conhecer a cada dia que passa, tentamos entender o porquê das nossas atitudes, o porquê dos nossos medos, tentamos compreender quando alguém nos faz sofrer, tentamos sempre qualquer coisa, passamos a vida a tentar…
E nestes intervalos da vida, em que não pensamos em nada, ainda assim pensamos, pensamos numa razão, por mais simples que seja, de nem sempre a vida ter sido justa connosco, mas afinal, saberemos o que é justiça? Até que ponto, esta incerteza do ser humano não faz parte do contrato feito na altura da decisão?
Deixei de esperar seja lá o que for,  mas continuo a caminhada, sei que algum dia encontrarei a verdadeira razão da minha vida, ou talvez, passarei por todos os anos, por todas as experiências, sem saber o porquê de tudo isso.
Talvez não esteja definido que precisemos saber o porquê, o importante talvez seja, apenas viver.

© Alexandra Carvalho

1 comentário:

  1. A grande sabedoria é saber viver na base da aceitação. Já os grandes mestres o faziam.
    Quando aceitas o que a vida tem para ti não sofres. Quando acreditas que nada é por acaso e que as coisas acontecem por uma razão maior, não sofres. Quando acreditares que nada muda para pior, não sofres. Quando acreditares que a vida faz as suas adaptações a todo o momento, não sofres.

    O segredo é ir a favor da corrente e não contra ela. Se nadares contra a corrente afogas-te...

    Bjinhos

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