domingo, 29 de maio de 2011

TUDO PASSADO

De tanto amar
Cansei o meu coração.
De tantos amores
Guardados na memória
Desgastei a minha mente
E transformei-me num vegetal.
Tenho saudades de mim,
Tenho saudades do amor,
E ainda assim, não sei se quero voltar
A amar…
São tantas as mágoas,
São vários os amores,
E nada nem ninguém
Completa a parte vazia do meu coração.
É tudo passado,
O presente é nada
E o futuro, não conheço!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pescar no coração

Deambulas na vida
E os dias comem-te por dentro
E por fora.
Não tens a certeza de quem és
E do que fazes,
Deambulas na vida
E recordas-te de tempos de outrora.
Cansaste-te de pescar,
São demasiadas horas mortas,
Não pescaste nada, não aprendeste nada.
Deixa de esperar
E procura a razão de todas
As memórias tortas.
Procura no teu coração
E quem sabe, afinal,
Já tenhas aprendido a pescar.

sábado, 21 de maio de 2011

Gritar

Começa a gritar,
É o teu coração que te pede!
Liberta-te da ansiedade,
Liberta-te do medo
E das dúvidas!
Que dor!
Que aperto mais assustador
Consome o meu peito.
Incerteza e medo!
Uma escuridão que se apodera,
E que eu apago, com toda a minha luz!
Grita e liberta-te!
Afasta a escuridão
E aceita a luz…

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Reflexão

Lá de vez em quando, mesmo sem estarmos à espera a vida faz-nos pensar em coisas que estavam adormecidas, tu voltaste a fazer isso, quase sem te dares de conta, ou se calhar era mesmo isso que querias, acordar uma parte de mim que desejo manter adormecida.
Tenho tantas outras coisas em que pensar, não sinto vontade de sentir o que tu queres que eu sinta. Deixa-me continuar a minha caminhada, ainda me sinto longe de mim, e enquanto essa distância existir, não devo mergulhar em emoções e ilusões, sentimentos que podem voltar a ferir a minha alma.
É aquele lema, se não estás bem como podes fazer com que os outros estejam bem. Eu sinto-me assim, ainda não estou bem comigo própria, ainda existem tantas arestas por limar, ainda estou a procurar-me, tu sabes, deixei-me perder em algum lugar e transformei-me numa substituta de mim própria.
Preciso encontrar-me primeiro.

© Alexandra Carvalho