segunda-feira, 13 de novembro de 2017

A esta altura,
O meu coração está a pedir
Reações conhecidas.
As de culpa!
Percebo tardiamente,
Que tenho décadas de culpa acumulada.
E o meu corpo
É todo ele cheio de dor
E ressentimento.
Com os outros, e acima de tudo,
Comigo própria.
Atraio lágrimas
E poucos momentos de felicidade.
Porque essa ainda sou eu.
Uma alma que tenta se encontrar,
Dispersa entre o ego
E a grandeza espiritual.
Carente de amor,
Porque sou pequena demais
Para ver o verdadeiro amor.
O incondicional.
Que está em tudo, em todos,
E não apenas, o de um homem
Com uma mulher.
Subo um degrau, dois degraus
E penso estar a evoluir.
Logo depois, afigura-se
Uma escada e tropeço,
Não caio apenas um degrau, caio todos.
E a alma?
Está perdida novamente.


© Alexandra Carvalho

1 comentário:

  1. Olá, Alexandra!

    Há quanto tempo! Não faz mal. Eu vou passando por cá para saber de si, ler os seus poemas, os seus desabafos, que não sei se correspondem a estados de alma, seus ou não, mas as "coisas" por aí não estão bem, poeticamente, vou acrescentar.

    Ó minha querida! Essa do amor incondicional é para nós, humanos, quase "coisa" inatingível. Pode tentar, tentar, que a sua alma e corpo perder-se-ão nesse labirinto.

    Faça um esforço para se encontrar, pke há décadas, poucas, claro, agindo e sentindo-se assim, não é bom para si, se isto corresponder à realidade.

    Os ilhéus têm tendência para se isolarem, eu sei, nasceram e vivem numa ilha, mas há k contrariar essa tendência.

    Beijos e seja feliz. Faça por isso!

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