A esta altura,
O meu coração está a pedir
Reações conhecidas.
As de culpa!
Percebo tardiamente,
Que tenho décadas de culpa acumulada.
E o meu corpo
É todo ele cheio de dor
E ressentimento.
Com os outros, e acima de tudo,
Comigo própria.
Atraio lágrimas
E poucos momentos de felicidade.
Porque essa ainda sou eu.
Uma alma que tenta se encontrar,
Dispersa entre o ego
E a grandeza espiritual.
Carente de amor,
Porque sou pequena demais
Para ver o verdadeiro amor.
O incondicional.
Que está em tudo, em todos,
E não apenas, o de um homem
Com uma mulher.
Subo um degrau, dois degraus
E penso estar a evoluir.
Logo depois, afigura-se
Uma escada e tropeço,
Não caio apenas um degrau, caio todos.
E a alma?
Está perdida novamente.
© Alexandra Carvalho