segunda-feira, 7 de agosto de 2017


O coração fica pequeno, chega a querer saltar de ansiedade, de sentimentos vários que me assolam a alma. Sim, porque eu sou alma e não um espectro qualquer que deambula na matéria.
Torna-se difícil, por vezes, gerir as minhas emoções quando preciso de ajudar outros a gerir as suas.
De vez em quando, sinto necessidade de olhar para mim e pedir um intervalo, autorizar-me a deixar, por menor tempo que seja, toda essa gestão emocional alheia.
Se perco o meu eu, tenho de o encontrar, e na alienação total, consigo distinguir onde ele está.
Assustado, algumas vezes, cansado, várias, mas pronto, sempre, para ser resgatado e continuar a missão que anteriormente aceitou.
Respiro fundo, uma, duas, três vezes, e tento buscar a minha energia mais luminosa, a mais próxima do meu verdadeiro eu.
Volto para o campo de batalha, onde tantos comportamentos me surpreendem, onde incontáveis não sentimentos me chocam.
Pelo caminho, desiludo-me, não sinto que nasçamos para ser projectos tão débeis de seres humanos. Todavia, temos todos um caminho e o meu não tem de ser necessariamente igual ao dos restantes seres humanos que me circundam.
Respeito que cada um tenha o seu tempo certo para evoluir como ser humano, na matéria e como alma, ser de luz, lá em casa.


© Alexandra Carvalho

1 comentário:

  1. Olá, Alexandra!

    Estive a ler os seus anteriores posts e lá fui parar a Abril, onde se encontra os mais recentes (que já são "velhos") comentários, que lá escrevi.

    Não tem estado bem, psicologicamente, pelo que li, mas primeiro tem de tratar dos outros, do anímico dos outros, mas cada um é como cada qual e a Alexandra tem o seu próprio "figurino". É preciso k o aceite e sem dramas.

    Hoje, em conversa com uma assistente social, minha amiga, dizia-me ela, que foi acompanhar um doente ao hospital, em fase terminal de cancro e que achava que seria ela a ir primeiro, pke o homem estava com uma genica! Quer ajudar todos e esquece-se dela e qdo está mto cansada e deprimida, "hiberna", "esconde-se" por uns dias e nada diz. Eu, como já a conheço, mando-lhe um email dizendo: ORGULHOSAMENTE SOZINHA! Enfim, depois, lá me responde.

    Beijinhos e dias ao seu modo!

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