O coração fica pequeno, chega a
querer saltar de ansiedade, de sentimentos vários que me assolam a alma. Sim,
porque eu sou alma e não um espectro qualquer que deambula na matéria.
Torna-se difícil, por vezes,
gerir as minhas emoções quando preciso de ajudar outros a gerir as suas.
De vez em quando, sinto
necessidade de olhar para mim e pedir um intervalo, autorizar-me a deixar, por
menor tempo que seja, toda essa gestão emocional alheia.
Se perco o meu eu, tenho de o
encontrar, e na alienação total, consigo distinguir onde ele está.
Assustado, algumas vezes,
cansado, várias, mas pronto, sempre, para ser resgatado e continuar a missão
que anteriormente aceitou.
Respiro fundo, uma, duas, três
vezes, e tento buscar a minha energia mais luminosa, a mais próxima do meu
verdadeiro eu.
Volto para o campo de batalha,
onde tantos comportamentos me surpreendem, onde incontáveis não sentimentos me
chocam.
Pelo caminho, desiludo-me, não
sinto que nasçamos para ser projectos tão débeis de seres humanos. Todavia,
temos todos um caminho e o meu não tem de ser necessariamente igual ao dos
restantes seres humanos que me circundam.
Respeito que cada um tenha o seu
tempo certo para evoluir como ser humano, na matéria e como alma, ser de luz,
lá em casa.
© Alexandra Carvalho