São os silêncios que me surpreendem e deliciam.
Cansa-me o barulho,
As vozes que nada dizem.
São aqueles silêncios em que os olhares regozijam de tantas palavras
que são ditas, que me cativam, deveras.
Deixo para trás, de forma pensada e consciente, as pessoas que precisam
de usar a voz para que eu as ouça.
No silêncio, não me passam nada.
E as palavras que entoam, afinal, estão cheias de vazio.
Cansa-me o barulho carregado de vazio.
Apraz-me estes silêncios partilhados, e são esses,
apenas esses, que quero levar comigo, daqui em diante.
Mais silêncios surjam, mais seres humanos capazes de os sentir e viver.
© Alexandra Carvalho
Olá, minha querida Assistente Social!
ResponderEliminarPois, é tanto silêncio, por aqui, k nem assiste, com palavras, a sociedade (rs). A profissão da Alexandra é ouvir, e mto, mas tb atuar, andar na rua, verificar e ajudar.
Gostei mto do seu poema, que mostra o seu mundo, por dentro e por fora. O silêncio, quase sempre, acerta, mas sem sermos papagaios, precisamos de estabelecer laços de afetividade, pke sem esta poucos são felizes.
Beijinhos e bom fim de semana. Se gostar de carnaval, divirta-se ao seu modo.
Pois é Céu, o trabalho tem-me consumido mais do que é suposto, mas atenção eu adoro o que faço, e tento fazê-lo cada vez melhor.
EliminarNão gosto de Carnaval, em criança via-me obrigada a disfarçar, ainda bem que crescemos e aproveitamos a liberdade para fazermos apenas o que gostamos.
Mas retribuo o desejo de bom Carnaval, se ao contrário de mim, gostar desta época. :)
Um beijinho.
Ó querida amiga, não se deixe consumir tanto pelo trabalho. Empenhe-se, sim, mas não traga os problemas pra casa.
EliminarEstamos, sempre, a aperfeiçoarmo-nos, mas, por vezes, ai, que chatice!
Tal como a Xana, não gosto da época carnavalesca, mas em criança e adolescente, mascararam-me várias vezes de cigana, espanhola, fada, Cinderela, enfim, sentires e sensualidades da época.
Nem sempre fazemos apenas o k gostamos. Era bom, mas isso tornaria as nossas vidas mto certinhas ou mto desacertadas. Somos seres sociais e temos de "prestar contas", minimamente à sociedade que nos rodeia.
Beijinho e dias de mta luz.