Penso que nenhum de nós está
preparado para um amor assim, aquele amor que defendemos como sendo o único, o
puro, o genuíno. E porque o defendemos, e porque sabemos de antemão que este
será o primeiro, nasce o medo. O medo que é calado, que não se denuncia.
Deixamos que os dias corram, que
o tempo faça o que tem a fazer. Não escondemos o que sentimos, mas também não o
dizemos.
Imagino o desfecho. Seremos capazes
de o aceitar, de finalmente, sermos nós próprios, estando um com o outro?
Com os defeitos que ambos
conhecemos um no outro e os restantes que ainda não tivemos tempo de conhecer?
Com as qualidades que já adoramos
e todas as outras que certamente sobressairão depois?
Diz-me, que desfecho prevês?
Seremos capazes de aceitar o
desafio que, inevitavelmente, nos trará a felicidade?
© Alexandra Carvalho
Minha amiga, andei ausente, e quando volto, vejo estes textos. Que bonito. Que amores são esses, cegos? Quem ganha, nós, que a cada amor podemos ler tudo isso que nos encanta.
ResponderEliminarBoa noite.