De vez em quando é preciso parar.
É preciso parar e olhar a direcção que deliberadamente ou
não estamos a tomar na nossa vida.
Hoje, eu parei e olhei para o meu
caminho. Acho que não estarei assim tão mal. Ainda assim, momentos há, de
vulnerabilidade e nostalgia, em que penso que não pode ser só isto.
Sinto que ainda me falta todo um
processo que me proporcione alcançar a minha verdadeira missão terrena.
O coração sente-se pequeno.
As palavras inundam-me imensas
vezes, algumas, passo-as para o papel, outras não. Deixo-as fazer o trabalho
que é suposto, são palavras minhas, exclusivas para que medite sobre as
decisões que venho tomado e que todos os dias tomo.
Deixo que façam a cura que preciso.
É naquele preciso momento, que surgem em debandada, que uma das maiores
decisões é feita. Escolho entendê-las e seguir a jornada, ou ignoro-as, e tudo
continua igual.
Nem toda a opção parece fácil, há
caminhos que se assemelham mais complexos e sinuosos. No fim, somos nós que os
fazemos assim ao atribuir essa conotação. É o medo.
Para evoluirmos, precisamos não
ter medo.
A vida faz-se com mudanças, se
assim não for, não viemos cá fazer nada nem aprender nada.
Olho para trás e há memórias que
parecem ter sido vividas por outro eu, que não é este de agora. Mas isso,
deixa-me feliz. A evolução acontece, ora lenta, ora mais acelerada. Mas
acontece.
Hoje, o coração sente-se
pequeno. Estarei a caminho de outro patamar, que não cabe neste eu?
© Alexandra Carvalho