Debruço-me e olho o
mar,
os pensamentos
deixam-se esvoaçar,
E encaminham-se,
ajudados pela brisa, para todo o lado
e para lado nenhum.
Perco-os nas ondas
agitadas, do mar que me conhece,
que intimamente, me
conhece.
Que fique com os
pensamentos desnecessários,
e faça retornar os
restantes.
Talvez, não precise
devolver nenhum.
A mente ficou livre,
de resto, era apenas isso que eu queria.
E o meu mar, assim o
permitiu.
© Alexandra Carvalho
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