Quisera eu que o teu
rosto
Tivesse ficado apenas
no passado.
Mas a minha vontade
Não é dona e senhora
de si.
Os pensamentos surgem,
Os sonhos
arrebatam-me.
Tu sempre apareces,
Numa história ou
noutra,
Num drama ou romance.
Porventura serás a
minha alma gémea,
Mas se o és,
Porque a vida teima em impedir-nos a união?
Ao invés disso,
Manda-nos pessoas ao
acaso,
Umas que aguentam mais
tempo,
Outras que nem
entendemos a sua passagem.
Mas, assim é a vida,
Uma sucessão de
aprendizagens,
Um acumular de
emoções,
De grandes ou pequenas
paixões.
O amor, esse,
Ainda não nos foi
permitido.
© Alexandra Carvalho