sexta-feira, 19 de abril de 2013

E onde anda o amor?


Quisera eu que o teu rosto
Tivesse ficado apenas no passado.
Mas a minha vontade
Não é dona e senhora de si.
Os pensamentos surgem,
Os sonhos arrebatam-me.
Tu sempre apareces,
Numa história ou noutra,
Num drama ou romance.
Porventura serás a minha alma gémea,
Mas se o és,
Porque a vida teima em impedir-nos a união?
Ao invés disso,
Manda-nos pessoas ao acaso,
Umas que aguentam mais tempo,
Outras que nem entendemos a sua passagem.
Mas, assim é a vida,
Uma sucessão de aprendizagens,
Um acumular de emoções,
De grandes ou pequenas paixões.
O amor, esse,
Ainda não nos foi permitido.

© Alexandra Carvalho

domingo, 7 de abril de 2013

Eternidade



De repente a vida faz sentido,
Assim, tal como é…
A humanidade perde-se e encontra-se
A cada ciclo.
Procuramos a perfeição inexistente,
E nesta procura esquecemos da nossa alma.
A verdadeira vida não é esta,
A nossa verdadeira casa também não é esta.
Teimamos em não acreditar
No que desconhecemos,
Ou talvez, no que esquecemos.
A nossa luz não está na carne,
Nem na imagem exterior…
A nossa beleza jamais estará apenas no nosso corpo.
Está na hora de relembrar
Quem somos e de onde viemos.

© Alexandra Carvalho