quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Uma escolha que não é minha


Não posso dizer
O que não sinto;
Nem posso omitir
Aquilo que me invade o coração.
Esse tal vazio não existe,
Jamais existiu;
Existe sim, um ser que procura a sua essência.
Não é este eu que conheces,
Conheces o antigo,
O desprotegido, o ingénuo,
Aquele que ainda não se tinha encontrado.
Não sei se te agrado assim,
Nem sei se é suposto agradar a alguém.
Esta sou eu,
Sem fachadas, rosto descoberto,
Alma visível…
Não sou fácil,
Nem quando me torno visível,
Mas foi assim que escolhi ser.
Tu és aquilo que és,
E não o que os outros querem que sejas.
Esta sou eu,
Sem moldes, nem influências.
Este é o verdadeiro eu,
Será este que tu queres?

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