domingo, 14 de novembro de 2010

Palavras


Aprendemos as palavras muito cedo,
E dizemo-las como se pouco significassem…
Dizemo-las sempre, a toda a hora,
E entre tantas palavras, pouco percebemos, pouco sentimos.
Deixámos de saber dizer, esquecemos de sentir,
As palavras estão gastas, estão envenenadas de um saber errado…
E eu? Saberei ouvi-las, dizê-las da forma certa?
Estou tão cansada, resigno-me ao silêncio,
Abomino todo o tipo de conversa sem sentido, sem emoções, sem verdade…
E penso, penso como se precisasse pensar para conseguir viver…
Escrevo, e dessa forma, consigo encontrar um sentido para tanta palavra criada,
Tanta palavra perdida em tanta conversa sem nexo.
Ouço-me por dentro, ouço-me sem precisar sussurrar o mais pequeno som.
Não é a minha voz que fala, é o meu coração, e esse,
Diz-me que é preciso mudar, é preciso ouvir outra voz,
Que não aquela que fala palavras ao acaso, palavras que morrem
Entre a boca e os ouvidos de alguém…
É preciso ouvir a voz que vem de dentro de nós.




3 comentários:

  1. "(...) E dizemo-las como se pouco significassem… (...) resigno-me ao silêncio (...)
    Tanta palavra perdida em tanta conversa sem nexo (...)
    Entre a boca e os ouvidos de alguém…
    É preciso ouvir a voz que vem de dentro de nós. "

    :) Concordo... mt bom! ;)

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