Acredito que estamos aqui, neste plano que é tão denso para evoluirmos
como seres humanos, mas essencialmente para conseguirmos ir mais além como almas.
Viver, não é fácil. Há experiências que nos levam para lugares
que podem ser muito sombrios. Há pessoas que se encontram connosco, que na medida
do impossível conseguem transportar a nossa essência para uma escuridão que não
é nossa.
Mas, porque acredito que estamos cá para evoluir, sei que
nada é por acaso.
Nem essas experiências, nem essas pessoas.
Naquele preciso momento, elas estão ali para nos
confrontarmos com dores que são eternas e que vida após vida, teimamos em não
querer deixá-las.
Sem vivenciar essas dores, esses sentimentos tão
dilacerantes, sem quebrarmos os padrões que nos levam a elas, nós continuaremos
a andar em círculos que se tornam incomportáveis de viver.
É preciso chorar, e repensar o que queremos para nós.
Se um ciclo giratório, que não nos desprende das mesmas
eternas realidades. Se a alegria, se a mudança.
Viver, mesmo quando percebemos isto, ainda assim, é difícil.
Existe um ego que nos puxa para uma racionalidade desmedida.
Logo ao lado, está uma essência que nos arrebata e tenta mostrar o que a
intuição nos quer dizer.
Às vezes, as pessoas que nos mais magoam, são aquelas que
mais nos dão. São as almas companheiras que aceitam ser o canal que transporta
a dor, a tarefa complexa, que no final de contas, abre o caminho para a nossa
evolução, para a alegria que estamos destinados a viver.
Tão companheiras que são, que não estão aqui para ficar
connosco. Não é essa a missão primária com que vieram.
No decorrer dos anos, se estivermos abertos ao conhecimento,
à sabedoria que tudo na vida, nos faculta. Conseguiremos dizer, que a pequenos
passos começamos a valorizar o mais importante.
A Serenidade. A Paz. A Verdade. O Amor.
O Eu Superior, o nosso, o mais puro e mais real.
© Alexandra carvalho