As lágrimas caem
E mal consigo controlá-las,
Como se eu própria
Não tivesse força para me impor
À dor…
Não consigo achar justo,
É mais uma crise,
São várias ao longo dos anos.
Tudo passa, mas volta sempre.
A minha cabeça lamenta,
Queixa-se, o meu corpo
Está no limite…
Eu vou aguentar,
Porque a minha meta
Ainda é-me desconhecida…
As palavras saem
Em forma de rabiscos no papel,
É o máximo que consigo fazer,
A dor, afinal, impõe-se
Mais do que eu desejo.
Não faz mal, vou continuar,
E amanhã será melhor.
As palavras não são ilegíveis
Quando o coração
Recorda do que sentiu.