sábado, 27 de novembro de 2010

Constatação


Hoje, ao ler outras criações poéticas de outros portugueses deparei-me com um poema sobre “as palavras”, e achei tão interessante esse facto, porque ainda há pouco havia escrito sobre o mesmo.
Apesar de diferente, achei tão parecido, com palavras diferentes mas emoções semelhantes, ao fim e ao cabo, partilhamos todos do mesmo, ou pelo menos uma parte de nós partilha dos mesmos sentimentos, dos mesmos medos e emoções.
Aproveito para fazer publicidade daquele espaço, é agradável aos olhos e ao coração ler tanta poesia e tanto talento.
“Cantinho da Poesia” http://cpoesia.esenviseu.net/

domingo, 14 de novembro de 2010

Palavras


Aprendemos as palavras muito cedo,
E dizemo-las como se pouco significassem…
Dizemo-las sempre, a toda a hora,
E entre tantas palavras, pouco percebemos, pouco sentimos.
Deixámos de saber dizer, esquecemos de sentir,
As palavras estão gastas, estão envenenadas de um saber errado…
E eu? Saberei ouvi-las, dizê-las da forma certa?
Estou tão cansada, resigno-me ao silêncio,
Abomino todo o tipo de conversa sem sentido, sem emoções, sem verdade…
E penso, penso como se precisasse pensar para conseguir viver…
Escrevo, e dessa forma, consigo encontrar um sentido para tanta palavra criada,
Tanta palavra perdida em tanta conversa sem nexo.
Ouço-me por dentro, ouço-me sem precisar sussurrar o mais pequeno som.
Não é a minha voz que fala, é o meu coração, e esse,
Diz-me que é preciso mudar, é preciso ouvir outra voz,
Que não aquela que fala palavras ao acaso, palavras que morrem
Entre a boca e os ouvidos de alguém…
É preciso ouvir a voz que vem de dentro de nós.




sábado, 6 de novembro de 2010

Sonhos

Faltam-me sonhos,
faltam-me metas por definir...
E sem sonhos, o que me resta?
Apaguei-me sem perceber,
desliguei-me de mim, do mundo, de tudo...
Os dias parecem tão pequenos, tão grandes, tão cheios de nada.
E é este nada que agora me faz despertar...
Em que momento deixei de sonhar?
Em que momento deixei de acreditar que podia sorrir?