sábado, 16 de julho de 2011

As lágrimas caem

E mal consigo controlá-las,

Como se eu própria

Não tivesse força para me impor

À dor…

Não consigo achar justo,

É mais uma crise,

São várias ao longo dos anos.

Tudo passa, mas volta sempre.

A minha cabeça lamenta,

Queixa-se, o meu corpo

Está no limite…

Eu vou aguentar,

Porque a minha meta

Ainda é-me desconhecida…

As palavras saem

Em forma de rabiscos no papel,

É o máximo que consigo fazer,

A dor, afinal, impõe-se

Mais do que eu desejo.

Não faz mal, vou continuar,

E amanhã será melhor.

As palavras não são ilegíveis

Quando o coração

Recorda do que sentiu.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Prisão

 

Perdi-te a ti,

o outro, todos…

Encontrei espaço

na minha memória

e deixei-vos cativos,

não deixei que se libertassem,

e nessa prisão,

não percebi que apenas eu,

estava aprisionada,

ao passado, às mágoas,

a todas as perdas que vivi.

Já está na hora,

já passou da hora

de quebrar a jaula

onde me deixei adormecer.